Malabarismos e gincanas para resgates de passagens com milhas e pontos: até que ponto vale a pena tudo isso?

A dúvida veio do leitor Backpacker:

“Lendo os relatos do DSP e do DRE cada vez mais fico pensando até que ponto valem esses malabarismos todos para voar business ou emitir com milhas, comparado a uma emissão com dinheiro, considerando o tempo perdido em resolver os diversos problemas que a emissão pode causar.”

Os relatos mencionados estão descritos abaixo.

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O atendimento na TAP: houve mudança recente?

O DSP disse:

“Recentemente, nas últimas 2 semanas, precisei entrar em contato sucessivas vezes com a TAP (cancelar reserva, reclamar que as milhas não voltaram, fazer nova reserva – que fui cobrado em duplicidade – reclamar que cobraram duplicado…).

Apesar de todos os problemas – Pq a porcaria das milhas demoraram mais do que o indicado pra voltar, e a cobrança duplicada precisou um registro em separado de reclamação, achei bem fácil de falar com a TAP. Em todas as vezes. Ligando finalzinho da tarde, ligando na hora do almoço, até mais tarde por volta das 21h também foi tranquilo.

Achei uma boa avisar pq eu mesmo sempre preparo o espírito quando preciso ligar pra TAP. Mas dessa vez achei bem fácil entrar em contato com eles. Não que tenha sido a coisa mais efetiva do mundo, como comentei foram vários contatos pq a cada etapa nova dava um probleminha, mas foi fácil falar com a equipe de atendentes lá da terrinha.

Mais alguém percebeu essa mudança ou só dei sorte mesmo”.

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E o dre escreveu:

“Notícia boa quanto ao tempo de espera, realmente tenho esperado pouco.

Quanto ao serviço da TAP no quesito programa de milhagem, estou tendo uma experiência meio insatisfatória neste exato momento. Vou explicar o caso e talvez possa receber algum conselho dos demais leitores.

Fiz a emissão de uma passagem em business GRU-IST-XXX, com a Turkish e outra cia. para o segundo trecho (curto). 120k + taxas. Beleza. Recebi email confirmando duas cabines business, etc.

Durante a emissão apareceu a marcação de assento apenas para o segundo trecho. Achei que poderia ser alguma incompatibilidade de sistemas e era mesmo. Usei o codigo de reserva no site da TK e não reconheceu, pedia o número do bilhete eletrônico, começando com 235. O da TAP não funcionou, obviamente – começa com 047. No site da cia que opera o segundo trecho, o localizador foi aceito, mostrou os dois trechos, mas sem indicação de cabine.

Daí fiquei com a pulga atrás da orelha e liguei para a TAP (de fato esperei pouco para ser atendido). O operador Português confirmou a emissão em business, porém não conseguiu fazer marcação de assento e nem tinha qualquer informação do bilhete eletrônico ou de um possível localizador específico para a Turkish. Recomendou que ligasse para a cia.

Assim o fiz, fui atendido rapidamente e o atendente disse que não conseguiu localizar a reserva usando o localizador da TAP nem meu nome associado ao itinerário. Nem tentou o número do bilhete da TAP pois seu sistema não permitia. Recomendou que ligasse novamente para a TAP e fizesse a requisição de localizador da Turkish.

Assim o fiz. Ligação novamente atendida em tempo suportável. Por acaso o mesmo atendente português conversou comigo e me disse que não tinha essas informações. Pedi que verificasse se poderia fazer a marcação do assento e ele disse que talvez conseguisse. E eis que sim, estava visualizando o mapa de assentos (e eu com o Expertflyer aberto para comparar). Me perguntou se prefiro “com 3 ou 2 assentos” ao lado e se mais ao fundo ou mais à frente do avião, a partir da fileira 9. Indaguei se ele estava visualizando por algum equívoco o mapa de assentos da econômica, pois os assentos da business naquele voo tinham fileiras de 1 a 8. Ele respondeu que “era o mapa que aparecia para minha reserva”. Putz. Ok, com calma, perguntei se era voo em business. Enrolado, respondeu que sim, mas o mapa que aparecia era aquele. Perguntei o que poderia ser feito e o atendente disse que iria me transferir para o setor de emissão com milhas (achei a todo momento que estava no setor correto).

Alguns minutos de espera depois, fui atendido em uma central brasileira com conexão muito ruim, mas atendente solícita, que em pouco tempo me passou um localizador da própria Turkish. Desliguei feliz e fui testar. Resultado: “Dear passenger, This reservation cannot be viewed due to the sales channel in which it was formed. You can apply to the channel where you have made your reservation to make a transaction.”. Putz. Pelo menos a mensagem de erro mudou.

Liguei para a central da Turkish, reconheceram o localizador, porém não conseguem fazer a marcação do assento. O atendente me informou que “apenas no aeroporto”. Putz. Pedi para confirmar que era um bilhete em cabine business e ele confirmou. Ok, desliguei. Mas a pulga atrás da orelha não parou de morder.

Pesquisando um pouco, descobri que outras pessoas no exterior tiveram problema similar, de não conseguir acessar com o localizador da cia parceira, porque a Turkish usa um sistema diferente. A dica de ouro foi a de (baixar e) utilizar o app da Turkish com o localizador / bilhete eletronico da Turkish. Baixei, inseri o localizador e consegui acessar a reserva. Porém a pulga estava certa: aparece cabine “economy” e não permite a marcação de assento. Putz.

Agora não sei o que posso / devo fazer para garantir que vou na cabine na qual meus pontos foram utilizados. Alguém com experiência similar? Sugestões?”

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