[Guest post] Diante dos últimos acontecimentos, eu consigo ver uma pequenina luz no fim do túnel no mundo das milhas e pontos. // E mais: 123 Milhas entra com recuperação judicial com um passivo de inacreditáveis R$ 2,3 bilhões
O excelente comentário é do leitor HPillsbury:
“É galera, semana passada falávamos dos respingos na HotMilhas e MaxMilhas, mas quem ia imaginar que menos de um mês ia ser um oceano que ia afogar eles..rsrsrsrs..
Bom acho que podemos estar diante do início do fim, e talvez um grande RESET para beneficiar quem utiliza os programas de fidelidade para FIDELIZAR o cliente.
Uma ponta importante, que é a venda de milhas, já foi embora e mesmo que surja outro, a CONFIANÇA foi abalada, pode até tentar voltar o mercado com os BALCÕES da vida, mas se não tiver um rebranding de todo o sistema, mudando o termo milhas para agodão doce, a confiança do grande público (muitos leigos) foi abalada, e sem eles não temos um ecossistema de venda de milhas.
Agora a ponta que precisa “romper” são os programas de f*delidade (adorei Henry) das cias nacionais, não digo a cia em si, mas os programas que deixaram a muito tempo de ser fidelidade e são fazedores de Caixa (inclusive com empresas distintas e negociadas em bolsa no passado). E são elas as que tem potencial para “socorrer” o ecossistema para continuarem a gerar caixa e continuar a ferrar com a vida do milheiro orgânico (adorei a cunha de milheiro transgênico no post da Hotmilhas..rsrsrssrs).
Mas infelizmente, na minha opinião, tá mais fácil as empresas nacionais quebrarem do que voltarmos a ver GRU-CDG por 35.000 milhas Smiles ou GRU-DUB por 45.000 milhas Latam. E porque isso importa, porque na inflação atual de milhas, mesmo com transferências de 100%, tornaram o resgate de passagem de forma orgânica quase impossível, tem como fazer certo malabarismo, aproveitar promoções com a BG, esperar para transferir com milhas, esperar uma queda no valor do resgate, ganhar pontos com Compras Bonificadas etc, TEM, mas é muito trabalho para pouco benefício, além de ser um “conhecimento” ainda pouco assimilado (apesar de 1mi de cursos e gurus).
E ainda tem outro agravante, usando minha experiência pessoal, no passado de pandemia, depois de perder milhas vencendo, trocar por produtos e até vender milhas orgânicas para não perder, a minha confiança nas nacionais foi quebrada e hoje meu acúmulo é 100% para programas internacionais, e acredito que a maioria aqui do MMM também, ou seja, os programas nacionais já vinham enfrentando uma concorrência pesada dos programas internacionais frente ao milheiros orgânicos e o que os alimentavam eram os gafanhotos revendedores de milhas, agora sem os revendedores, como vão brigar para continuar vivos?? Lembrando que boa parte que eles ganhavam, salvo os produtos internos, com transferências de pontos de cartão (Livelo, Esfera etc), vejo um caminho nebuloso para eles.
Pode restar aquele viajante que compra pontos nos programas de agregadores (Livelo, Esfera) ou cias aéreas, para emissão de passagem de fato, porém uma hora a ficha cai que não vale a pena comprar pontos para emitir uma passagem que você pagaria R$ 2.800,00 no dinheiro, sendo que você vai comprar pontos por R$ 14,00 o milheiro e o trecho vai custar 190.000 milhas, sendo que no final você assume o risco de na hora de emitir a tarifa dinâmica empurre o valor para 220.000, é muito risco para pouco retorno.
Conclusão
Bom galera uns meses atrás e disse que o mundo da milhas passava por um momento de trevas, agora com isso tudo eu consigo ver uma pequenina luz no fim do túnel, pode ser só um último brilho nostálgico ou podemos estar vivendo um grande RESET, fato é, SOSSEGA as suas milhas nos programas de cartões ou em programas internacionais, pega pipoca e curte o momento”.
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E você, também está esperançoso de que as coisas possam melhorar no mundo das milhas e pontos?
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123 Milhas pede recuperação judicial (RJ): passivo chega a R$ 2,3 bilhões
Pra completar o cenário de hecatombe no comércio de milhas, a 123 Milhas entrou com pedido de recuperação judicial.
O passivo é quase inacreditável: R$ 2,3 bilhões!
O leitor Thiago Pereira fez uma observação pra lá de interessante (e que já rendeu algumas descobertas):
“Esse processo de RJ da 123 Milhas vai ser uma confusão só.
Imaginem a quantidade de credores pra aprovar um eventual plano! E eles devem ter pouquíssimo ativo pra fazer frente às dívidas. Será que vão listar os estoques de milhas? kkkkk
Pelo menos, acho que finalmente vamos descobrir se, de fato, há contratos firmados entre a 123 milhas e as companhias aéreas para compra e emissão com milhas, como sempre se especulou.”
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Com a palavra, os maiores especialistas do mundo das milhas e pontos: os leitores do MMdM….