[Guest post] Seus pontos e milhas mais preciosos: os acumulados de forma orgânica. E a dificuldade de emitir bilhetes-prêmio somente com eles…
Uma das coisas mais incríveis do MMdM é a sintonia de pensamentos. Pessoas compartilham dos mesmos problemas e dúvidas, e muitas vezes apresentam as mesmas conclusões.
Mesmo quando as conclusões são divergentes, os pontos de vista são bem fundamentados, o que vai abrindo a mente de muitos outros leitores que chegam para os debates.
Resultado: conteúdo variado e de qualidade, trabalhado sob diferentes perspectivas, para que cada um, tendo em conta seu perfil único e personalizado de viagens, monte a estratégia que lhe seja mais adequada.
Há algum tempo eu vinha querendo escrever um post sobre a dificuldade atual de se acumular milhas e pontos de forma orgânica, e de como boa parte dos resgates depende de compras de pontos com 52% de desconto, assinaturas dos clubes Mil, Dois Mil, Cinco Mil, Cinquenta Mil, Duzentos Mil e mais não sei o quê.
Mas a transmissão de pensamento corre forte entre os leitores da comunidade MMdM, e eis que o Emmanuel Kalispera nos brinda com mais um excelente comentário que se transforma em post, que trata examente do assunto acima. De brinde, ele ainda faz a correlação do assunto a alguns outros temas associados, e que estão na ordem do dia.
Confiram!
…………
“Alguém tem que pagar os rombos do Bradesco e sobrou para nós essa parte do quinhão. Mas como eu disse ontem, nada me tira da cabeça que essas mudanças fazem parte de um lobby de Smiles-Azul-Latam que se viram ameaçadas pelos programas estrangeiros.
Isso porque, do ponto de vista financeiro, a mudança de paridade da Livelo para as parcerias estrangeiras não faz muito sentido. O dólar está mais baixo hoje do que já esteve nos últimos anos, e a ideia de as milhas serem geradas por dólar tinha como fundamento justamente a estabilidade das emissões, já que as passagens sempre tiveram preços cotados nessa moeda.
Em tempo, em 2013, emiti para Punta Cana via Smiles por 15 mil milhas, voando Gol. Mesmo com a desvalorização cambial do período, teríamos algo como 30-35 mil milhas, o que hoje não dá para emitir nem trecho nacional.
Tá na cara que o modelo vai precisar ser refundado de algum modo para voltar a funcionar, o Jerome latam já tinha indicado que iriam abrir a caixa de maldades e não deu outra.
Mas, na boa, não adianta nada trocar de cartão para outro que pontua mais ou essas coisas, se 90% dos pontos precisam ser comprados diretamente ou indiretamente.
Nos EUA, contornam parcialmente esse problema, com generosos Welcome bonuses, então as pessoas ficam trocando de cartão todo ano. Eu acho que até funciona bem para quem consegue, mas não é algo viável para nós aqui, e nosso mercado não tem essa prática.
O mercado de cashback também decolou no Brasil e os cartões que oferecem isso geralmente produzem valor agregado muito menor do que os que geram milhas.
Resumo: não tem para onde correr. Mesmo a AA tem problemas e gerar tudo organicamente não seria fácil, a não ser para os outliers do sistema.
Sou da época que dava para gerar milhas pagando boletos. Era fácil e barato, sem curso.
Hoje em dia, nem diplomados conseguirão emitir algo relevante. Fecharam todas as brechas e só eles ganham.
Game over.
<insert coins=”” to=”” restart=””> “

………………………
E você, também tem a dificuldade de realizar bons resgates de bilhetes-prêmio só com os pontos acumulados de forma orgânica nos cartões de crédito? Que estratégias têm avaliado usar, diante desse novo cenário cada vez mais ruim no mundo das milhas e pontos?