[Guest post] Saudades de quando cartão Black era pouco acessível e sala vip era realmente vip.
A respeito do post de ontem (link), seguem as excelentes reflexões do Backpacker:
“Saudades de quando cartão black era pouco acessível e sala vip era realmente vip.
Aí alguns colegas podem achar o comentário elitista e segregador, mas não é a intenção, explico:
O que busco é exaltar a facilidade atual para esses benefícios que foram deturpados, que foram criados para um público diferenciado.
Hoje em dia qualquer um que ganhe 4-5mil reais pede um cartão black no C6. Ou ainda, qualquer um, há 1 ano que tivesse 250 reais para assinar um programa de descontos em restaurantes (Duo Gourmet), conseguia cartão black com sala vip ilimitada.
Quão “VIP” se torna esse benefício? Se formos na etimologia do termo VIP, quer dizer Very Important Person, será mesmo que qualquer um que gaste 250 reais se enquadra nisso?
Sabe quando um cartão conseguirá manter benefícios realmente exclusivos? Quando seu acesso for exclusivo.
Exemplo, algum grande banco lança um cartão com política clara de acesso e isenção, X milhões investidos dá direito ao cartão e sem o custo de anuidade, com um welcome bônus de Y milhas e Z acessos a salas vips, e torne isso INEGOCIÁVEL, ou seja, só quem realmente cumprir os requisitos terá acesso, tornar algo extremamente exclusivo, que não tenha alçada gerencial ou interesse comercial que consiga liberar fora dos requisitos propostos.
Por que os cartões americanos cobram anuidade e todo mundo paga sem reclamar?
Pois eles entregam benefícios reais, em que o cliente tem retorno daquilo e o acesso à informação e ao benefício é fácil, sem letras miúdas.
Eu mesmo tenho vários cartões, a maioria sem qualquer volume de gasto, não pago anuidade em nenhum, e usufruo dos “benefícios”, e isso torna a operação extremamente cara aos demais colegas que usam aquele mesmo cartão que eu deixo na gaveta, isso torna a operação cara pro banco, o que faz com que diminua os benefícios do cartão.
Todo limite concedido EXIGE que o banco provisione, ao menos 0,5% daquele limite como PDD (esse valor é o menor possível, há instituições financeiras que trabalham com valores mínimos maiores, esse valor é baseado na tabela do Banco Central), provisão para devedores duvidosos.
Isso entra como prejuízo no balanço, portanto se eu tenho um cartão com 20mil de limite e ele fica engavetado, todo mês eu estou gerando de prejuízo contábil àquela instituição financeira R$ 100,00.”
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No Brasil, o cartão que mais se encaixaria na condição de exclusivo é o Santander Amex The Centurion.
E você, o que pensa a respeito?