[Guest post] A melhor estratégia sobre o uso dos programas de fidelidade: não ter fidelidade a nenhuma delas. ;-)
Segue o excelente comentário do leitor Iago, que aposto ser a estratégia de muitos outros leitores.
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“Smiles principalmente eu estou caindo fora. O aumento dos resgates ficou estratosférico, isso é MUITO perceptível pra quem acompanha com uma certa frequência.
Engraçado que conferindo meu extrato, ano passado eu havia acumulado 1.200.000 milhas lá (ainda consegui bons resgates). Nesse ano, acumulei até agora 22.000. Na última promoção de 100% com a Livelo mesmo, eu tive zero vontade de transferir para lá. Espero que o recado seja repassado.
Quanto à Latam em si, eu já tive relação de amor e ódio tanto com a cia quanto com seu programa de fidelidade. O caos dos últimos anos que o diga. A companhia havia se justificando com supostos erros sistêmicos ao ponto de praticar condutas a meu ver flagrantemente ilegais e desonestas. Por vários meses, tive várias reclamações com a companhia. Engraçado que ainda se queixam da quantidade de judicialização, por que será?
Hoje, apesar de em parte ser um programa de cashback, o Latam Pass tem se redimido um pouco. Ainda que se trate de trechos pagantes, os voos próprios (nacionais principalmente) têm ficado num patamar de resgate bem razoável, geralmente bem abaixo da concorrência.
Os sistemas da companhia têm melhorado também. Tenho usado o programa com um pouco de cautela.
O resgate de parceiros em tabela fixa também é um ponto positivo. Apesar da impossibilidade de resgatar on-line nessa modalidade, o atendimento via WhatsApp pelo menos amenizou essa situação. E dificulta um pouco o comércio de milhas, tão prejudicial ao viajante.
O TudoAzul também tem tido uma desvalorização, embora não tão perceptível quanto a do Smiles. Tem sido um pouco mais disfarçada. Espero que a limitação por CPFs possa amenizar isso, embora essa medida já tenha entrado em vigor há um tempinho.
No geral, a meu ver, o importante é usar o que cada programa tem de melhor e manter uma boa estratégia para isso. Hoje eu movimento mais de 30 programas de fidelidade, dentre bancários, aéreos e hoteleiros, nacionais e internacionais (obrigado, AwardWallet, não vivo sem você). E isso me traz uma flexibilidade enorme de poder usar o que cada um tem de melhor, otimizando as oportunidades de resgate e, consequentemente, de viagem.
Uma passagem em cabine premium voando Latam é caríssima no Latam Pass, por exemplo, mas tem preços melhores no SkyMiles, Mileage Plan e Iberia Plus. Da mesma forma, resgates em cabine premium voando Delta possuem preços proibitivos com o próprio SkyMiles (se você voar para o México com conexão nos EUA, o preço cai 5x), mas costumam ser um dos melhores resgates no Latam Pass.
O próprio Smiles possui resgates excelentes com a Aeromexico e Korean Air (principalmente em voos mais curtos, com disponibilidade maior) e apresenta um valor muito maior que os programas internacionais. Os exemplos são vários.
À guisa de conclusão…
Por fim, penso que a melhor estratégia é não ser fiel a nenhum programa e nenhuma companhia, mas tirar o melhor de cada” 😉
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E você, também explora o que dá pra explorar em cada um dos programas?