O leitor Albino nos mandou uma d?vida muito interessante, e que apresenta vari?veis interessantes a serem consideradas. Segue a d?vida:

“Guilherme, tenho uma d?vida que pode gerar um novo post: comprei 2 passagens no dia do erro da AA, uma pra Miami no reveillon (REC-MIA-REC na executiva) e outra para a ?sia no carnaval (REC-MIA-ORD-NRT, com stopover HKG-DFW-LAX e a volta LAX-MIA-REC, todos os trechos de Executiva ou First). Qual a melhor forma de otimizar as milhas e status na TAM ou American?

Hoje na TAM sou Fidelidade Azul (ser? que consigo chegar a Vermelho Plus?) e na American sou o n?vel mais baixo. Meu primeiro objetivo ? o status em uma das duas companhias, e em segundo lugar s?o as quantidades de milhas acumuladas e para resgatar.

Vejo como uma grande vantagem do Vermelho Plus o upgrade autom?tico para executiva (nem sei se vale para todas as tarifas da econ?mica), mas a dura??o do status ? curta.

No AAdvantage, vejo uma gama/facilidade maior para resgatar passagens, principalmente em parceiros. O status nela s? d? upgrade para v?os internos nos EUA, ent?o nem ? tanta coisa assim, e tem a possibilidade do challenge.

Enfim, sei que s?o muitas vari?veis e cada pessoa tem suas necessidades mas, no seu caso, o que voc? faria? Obrigado”.

O fato de ele ser Fidelidade Azul na TAM seria um motivo importante para optar por creditar as milhas na TAM. Contudo, deve ser considerado o fato de que o contador das milhas qualificat?rias para o status elite ? “zerado” em 1? de janeiro de cada ano.

Dizendo isso em outros termos: se eu sou Fidelidade Azul atualmente, e tenho 20.000 pontos de voos qualificat?rios acumulados durante o ano de 2015, eu me garanto no status Azul durante todo o ano de 2016 e mais at? mar?o de 2017.

Contudo, caso eu seja Azul na TAM, e esse ano consiga completar apenas 8.000 pontos, eu sou rebaixado de status ano que vem.

Ou seja: os pontos de um ano n?o se somam aos pontos do ano seguinte, para efeitos de qualifica??o no status elite. Os pontos deve ser obtidos integralmente dentro de um ano civil, que vai de 01.01 a 31.12.

Assim, como a maioria das viagens do Albino ser?o realizadas em 2016, especialmente o fant?stico trecho Brasil-Estados Unidos-?sia round trip, ? preciso avaliar outra vari?vel: a quantidade de milhas/pontos obtidos a partir unicamente dos voos, sem contar os b?nus eventuais pela cabine ou status.

Com a ajuda do ?timo?site Great Circle Mapper, observamos que, s? na viagem de Carnaval, o Albino ir? ganhar 28.690 milhas qualificat?rias – EQMs (Elite Qualifying Miles).

J? a viagem REC-MIA-REC ir? garantir outras 7.678 milhas, sendo 3.839 esse ano, e outras 3.839 ano que vem (supondo que a viagem de volta seja realizada em janeiro, que ? quando o contador ? reiniciado do zero).

Dessa forma, em menos de 2 meses, o Albino ir? acumular mais de 30.000 milhas EQMs, o que j? seria suficiente, por si s?, para alcan?ar status Gold no AAdvantage, e status Azul no TAM Fidelidade.

Contudo, o AAdvantage tem um atalho fant?stico para atingir o status Platinum: o desafio – “challenge”. Telefonando para a AA, ? poss?vel se inscrever nesse desafio pagando algo em torno de USD 200 a USD 300, e, completando 10.000 pontos qualificat?rios elite num per?odo de 3 meses, consegue-se o status Platinum.

Mais informa??es sobre esse desafio podem ser obtidas nesse link do FlyerTalk.

A?viagem de Carnaval do Albino j? ?, sozinha, mais do que suficiente para conseguir atingir o Platinum atrav?s do Challenge.

E se o Albino n?o quiser se inscrever no Challenge? Tamb?m vejo como muito boas as chances de virar Platinum no decorrer do ano de 2016, pois, com o dinheiro da inscri??o no challenge, praticamente se consegue uma ida e volta do Brasil aos Estados Unidos, de modo que, com mais duas round trips ao longo de todo o ano de 2016, seria poss?vel conquistar o status Platinum.

Conclus?o

Al?m disso, existem dois outros fatores que militam a favor do AAdvantage: benef?cios do status Platinum e qualidade?de boa parte das aeronaves.

Em rela??o aos benef?cios, destaco particularmente o b?nus autom?tico de 100% sobre as milhas voadas, acesso aos assentos preferenciais da cabine Main Cabin Extra, que oferece mais espa?o para as pernas, sem custo adicional (eles chegam a custar mais de R$ 400, em alguns voos internacionais), e, claro, resgates em cias. parcerias com uma tabela de milhas bastante vantajosa (Etihad, Cathay etc.).

A qualidade das aeronaves se reflete do B777-300 ER, que conta com ?timo sistema de entretenimento, tomadas sob os assentos, WiFi etc. E isso sem contar nos assentos com acesso total ao corredor nas cabines premium, coisa que a TAM insiste em n?o adotar.

? certo que a categoria Vermelho Plus da TAM oferece tamb?m benef?cios exclusivos aos seus associados, como tabela preferencial de resgates em voos da pr?pria companhia (coisa que alguns leitores j? relataram que n?o ? t?o simples quanto parece) e upgrade cortesia da econ?mica para executiva, mediante disponibilidade (ou seja, seria um ato mais discricion?rio do que propriamente?vinculado da cia. a?rea – eu mesmo j? fui preterido para esse upgrade, mesmo sendo Vermelho Plus na ?poca, e mesmo havendo uma quantidade enorme de assentos vazios na Executiva da TAM, o que demonstra bem como a TAM n?o costuma respeitar suas pr?prias regras em rela??o aos seus passageiros elite).

Contudo, pesando bem os pr?s e os contras, a minha avalia??o aponta no sentido da escolha para pontua??o no AAdvantage. ? um programa de fidelidade mais bem estruturado, mcom ais op??es de resgates em voos de cias. parceiras, e com mais respeito aos clientes com status elite.

?E voc?? Tem alguma sugest?o para o leitor Albino? Esqueci de falar algo?