[Guest post] Comparando os programas brasileiros de milhagens a?reas com seus cong?neres estrangeiros: qual grupo ? mais vantajoso?

O leitor Carlos mais uma vez brinda toda a comunidade de leitores e milheiros do MMdM com mais um fant?stico guest post. ?

Nesse texto, com a qualidade que lhe ? peculiar, ele faz uma exaustiva e profunda pesquisa?comparativa entre os programas brasileiros de milhagens e seus concorrentes estrangeiros, com foco espec?fico para resgates de pr?mios em classe executiva. Afinal de contas, qual grupo ? mais vantajoso, na hora de decidir onde creditar e sobretudo usar suas suadas milhas e pontos? 🙂

O texto ?, repito, espec?fico para resgates de pr?mios em classe executiva, mas suas conclus?es t?m validade que extrapola essa classe de servi?os, pois nos d?o um panorama geral dos programas de milhagens acess?veis a n?s.

Sem mais delongas, vamos ao post! 🙂

…………………………….

“Prezado Guilherme,

H? alguns anos, os cart?es de cr?dito brasileiros?transferiam seus pontos para, basicamente, dois programas de milhagem, o TAM Fidelidade e o Smiles, sem qualquer b?nus. Fiz emiss?es excelentes, como MIA-GRU-BSB na primeira classe por 50k e GRU-JNB na executiva por 30k (TAM Fidelidade) e JNB-CDG por 30k e CGK-DOH-JNB por 45k, ambas na executiva com milhas Smiles.

Nenhum dos dois programas vendiam milhas. Essa foi a ?poca em que, atrav?s do saudoso Aquela Passagem, comecei a perceber que era poss?vel viajar al?m da econ?mica, sem gastar horrores.

Nesse mesmo per?odo, as companhias estrangeiras, principalmente as americanas, possu?am tabelas generosas e vendiam milhas por valores para mim amig?veis, principalmente em fun??o da baixa cota??o do d?lar.

Em 2013, veio a grande desvaloriza??o do TAM Fidelidade (e posteriormente do Smiles) e passei a pesquisar alternativas para bom proveito dos pontos, e foi quando um cart?o de cr?dito que transferisse para companhias estrangeiras passou a ser minha prioridade. O programa Membership Rewards da Amex passou a ser meu principal e, desde ent?o, meus pontos foram transferidos apenas para Singapore Krisflyer ou o Executive Club, da British Airways.

Entretanto, no ano passado, pela primeira vez, transferi meus pontos do TPC para um programa brasileiro de milhagens a?reas (Amigo Avianca, nas promo??es de 100% e 120%) e desde ent?o tenho reavaliado minha estrat?gia de pontos.

O cen?rio dos pontos mudou bastante, tendo surgido novos programas brasileiros?de milhagem a?rea (Tudo Azul, Amigo Avianca e Livelo) e, principalmente, aparecido bonifica??es cada vez maiores para a transfer?ncia dos pontos dos cart?es de cr?dito. Ao mesmo tempo, os programas estrangeiros desvalorizaram suas tabelas e a cota??o do d?lar subiu significativamente, embora tenha tido uma queda recente.

Com a not?cia do aumento da mensalidade do TPC americano e o poss?vel aumento do TPC brasileiro, resolvi pesquisar se os programas estrangeiros ainda seriam vantajosos. Por coincid?ncia, na not?cia publicada sobre o cart?o Santander AAdvantage, voc? afirmou que ?hoje, sabemos que somente os clientes brasileiros mais informados optam por dar prefer?ncia a programas de milhagens estrangeiros?. Como este assunto me ? interessante, resolvi escrever esta compara??o: ser? que os programas estrangeiros realmente s?o mais vantajosos que os nacionais?

Conforme o levantamento que fiz do valor de emiss?es em classe executiva das companhias nacionais mais a TAP, levantei tamb?m os valores dos principais programas estrangeiros: Avianca Lifemiles, Singapore Krisflyer, American AAdvantage, United Mileage Plus, Alaska Mileage Plan e Delta Skymiles.

emissoes sem desconto

E a qual conclus?o inicial eu cheguei? A vantagem dos programas estrangeiros ? verdadeira. Para todas as regi?es, os programas nacionais possuem valores mais altos dos que os estrangeiros.

Por?m, eu acho necess?ria uma avalia??o mais abrangente. Supondo que os cart?es de cr?dito brasileiros?acrescessem aquelas companhias estrangeiras ao seu portf?lio (o que j? ? dif?cil), acho praticamente imposs?vel o oferecimento de?b?nus de transfer?ncia de pontos para estas companhias. O TPC nacional, que transfere para tr?s delas (Krisflyer, Lifemiles e Skymiles), nunca ofereceu este b?nus. O ?nico, que me lembro, foi para a British e Iberia, de 50%, ano passado (post aqui), embora o uso destes programas seja vantajoso para emiss?es de trechos curtos ou executiva da Iberia (GRU-MAD) por 42,5k.

Levando em conta os excelentes b?nus de transfer?ncia que s?o oferecidos aos programas brasileiros de milhagem,?sazonalmente, para todos os casos sempre h? pelo menos uma companhia nacional que ? mais vantajosa que as estrangeiras e, para algumas regi?es, todas se tornam mais atrativas com os b?nus (a explica??o para os valores com desconto est? na postagem sobre compara??o de resgates em executiva para as 4 nacionais e TAP; e tamb?m h? um texto que faz um levantamento sobre os b?nus de transfer?ncia oferecidos no ano passado).

emissoes com desconto

Conclus?o

Desta forma, enquanto os programas brasileiros de milhagens a?reas?continuarem a oferecer seus generosos b?nus de transfer?ncia, eu n?o me preocuparia com cart?es de cr?dito que transfiram para companhias estrangeiras. Pelo menos at? a pr?xima rodada de desvaloriza??es dos programas nacionais (pelo que entendi, a recente altera??o do LATAM Fidelidade – post aqui – se aplicaria apenas a v?os pr?prios, permanecendo inalterada a tabela para companhias parceiras).

E uma parte que acho interessante ? o programa TAP Victoria, que possui os valores mais vantajosos para emiss?es ida e volta sem desconto para Am?rica do Norte e Europa. N?o saberia classific?-lo como programa nacional ou estrangeiro. A empresa ? estrangeira, mas foi adquirida pela Azul. E est? conveniada com boa parcela dos cart?es de cr?dito brasileiros,?e costuma oferecer (pelo menos uma vez ao ano) b?nus de transfer?ncia de 100%. Resta torcer para a Azul n?o estragar o Victoria.

Para n?o alongar demais esta postagem, ficou de fora uma avalia??o sobre as vantagens?de compra de milhas em programas brasileiros?ou estrangeiros (eu j? comprei milhas da United Mileage Plus, American AAdvantage, Alaska Mileage Plan, US Airways, Avianca Lifemiles e Lufthansa, para diversas emiss?es vantajosas). Mas face ?s tabelas n?o mais t?o generosas das estrangeiras, ? alta do d?lar e, principalmente, ao surgimento do Livelo com seus pontos bonific?veis, me parece clara tamb?m esta mudan?a em favor dos programas?brasileiros”.

Abra?os,

Carlos

……………………….

Como analisado de forma magistral pelo Carlos, uma das grandes vantagens dos programas brasileiros ? a quantidade enorme de b?nus de transfer?ncias com percentuais bem altos, o que faz com que o custo da emiss?o das passagens-pr?mio fique?competitivo face aos programas estrangeiros.

Naquele?post?em que afirmei que somente clientes mais informados optariam por programas estrangeiros, as raz?es que me levaram a tal afirma??o eram basicamente as de seguran?a, estabilidade e previsibilidade nas tabelas de resgates desses programas, bem como as disponibilidades de assentos para reserva com pontos e milhas, que sofrem, em tese, menos flutua??es do que quando se usam os programas brasileiros.

Por?m, concordo plenamente com as afirma??es do Carlos, quando ele diz que os programas brasileiros n?o s?o t?o desvantajosos assim para emiss?es de pr?mios em classe executiva, devido aos diversos fatores j? explicados, os quais d?o, pelo menos at? o presente momento, uma sobrevida de competitividade aos programas brasileiros.

Agradecemos ao Carlos por mais um fant?stico guest post! 😀

?????????.

Quer aprender?mais? Ent?o leia os demais guest posts do Carlos: